Moradores filmam granizo em pelo menos 5 cidades do Agreste e Sertão de Pernambuco

Reprodução/YouTube

As fortes chuvas que atingiram o estado na sexta-feira, 29 de janeiro de 2016, também elevaram os registros de queda de granizo no interior de Pernambuco em apenas dois meses. A população registrou, em vídeo, o momento da precipitação das pedras de gelo nos municípios de Pedra, Pesqueira, Garanhuns e João Alfredo, no Agreste, e em Arcoverde, no Sertão. Com estes registros, sobe para sete o número de municípios atingidos pelo fenômeno e, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) não há possibilidade de prever a ocorrência desse tipo de precipitação, mas chuvas bem fortes devem atingir o Sertão nas próximas 24 horas.

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A usuária Rosimere Araújo compartilhou um vídeo mostrando a surpresa de alguns moradores com a ocorrência, na cidade de Pedra – uma chuva que durou cerca de 15 minutos. Esta é a primeira cidade do Agreste atingida em 2016. A chuva foi acompanhada de muito vento, que chegou a derrubar o letreiro da cidade.

 

Ocorrências de granizo registradas pela população:

João Alfredo

João Alfredo

Pesqueira

Pesqueira

 

Pedra

Pedra

Arcoverde

Arcoverde

 

Em Arcoverde, a intensidade da queda das pedras de gelo chamou a atenção da população. No YouTube, o usuário John John fez o registro abaixo no terraço de casa e, nele, é possível ouvir os pedaços de gelo caindo com força numa área urbana da cidade.

Já em João Alfredo, os moradores que fizeram o registro em vídeo se mostraram admirados com a queda do gelo e comemoravam, em festa. No vídeo, é possível perceber a admiração dos presentes e com a preocupação em que o fenômeno fosse devidamente filmado.

Reprodução/YouTube
 

#Chuva muito intensa em #Arcoverde acompanhada de #Granizo e #Ventos asistam e vejam o mundo desabando sobre #Arcoverdee...

Publicado por Elmo Araújo Pherraz em Sexta, 29 de janeiro de 2016

Já em Garanhuns, no Agreste, a moradora Andressa Alves, que seguia pela BR-232 antes da entrada da cidade, registrou em vídeo o momento em que as pedras de gelo começaram a atingir o painel do veículo. No áudio, é possível ouvir pequenas pancadas na lataria do carro e observar as fortes chuvas que atingiram a cidade.

De acordo com o meteorologista Roberto Pereira, da Apac, no mundo inteiro, é difícil prever a ocorrência de granizo. Isso porque os equipamentos são de difícil acesso e a ocorrência só ocorre quando há o desenvolvimento vertical das nuvens – que podem chegar a até 12 km de altura.

Segundo o meteorologista, o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, o mesmo que gerou granizo em Flores e em Sertânia, em dezembro de 2015, havia se deslocado para o Oceano Atlântico no sentido oeste-leste e, agora, retorna ao continente. “Ele é quem tem gerado chuvas na RMR, Zona da Mata e Agreste. Até o sábado, deve levar fortes chuvas também ao Sertão. A ocorrência de granizo, no entanto, é pouco provável, pois o desenvolvimento vertical já começou a se dissipar”, explica Pereira.

A Apac esclarece que a precipitação de granizo é relativamente rara, mas que ocorre entre três ou quatro vezes por ano. A formação do gelo se dá quando as nuvens sobem bastante na atmosfera – e quanto maior a altitude, menor a temperatura -, o que provoca o congelamento dos vapores de água em grandes blocos. Estas pedras, ao cair, vão ganhando velocidade e perdendo massa, normalmente chegando ao solo em tamanho bem reduzido, mas capaz de provocar danos à saúde e às plantações.