Pesquisadores criam “peneira” para transformar água do mar em potável

Universidade Manchester / Divulgação

Com princípio de escassez de água durante o abastecimento em algumas cidades, provocada pelas alterações climáticas no planeta, alguns países têm investido em tecnologias de dessalinização desse bem tão precioso. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, conhecida por ganhar o Prêmio Nobel em 2010, pela primeira extração de grafeno (uma das formas cristalinas do carbono), descobriu uma forma de criar uma “peneira” deste material para remover o sal da água do mar, tornando-a apropriada para consumo. As informações são do jornal britânico Metro.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 1,2 bilhão de pessoas, ou seja, 14% da população mundial, terão dificuldades para obter água potável até o ano de 2025. A descoberta, portanto, é um passo significativo com possibilidades reais de melhorar a tecnologia deste processo. “Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada. Para tornar a camada normal de grafeno permeável, é preciso fazer pequenos buracos nela, mas se esses buracos forem maiores que um nanômetro, os sais escapam por eles. Seria preciso fazer uma membrana com um buraco muito uniforme com menos de um nanômetro para que ela possa ser usada na dessalinização. É difícil mas essa descoberta nos ajudará bastante”, explica Rahul Nair, que liderou a equipe de pesquisa.

Trabalhos feitos anteriormente mostravam que as membranas de óxido de grafeno inchavam em seu contato com a água, permitindo que os sais menores passassem pelos poros. Nair e outros pesquisadores mostraram que ao colocar paredes feitas de resina epóxi em cada lado da membrana de grafeno é suficiente para frear este inchaço e a passagem do sal.

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