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Pesquisadores criam jujuba saudável em laboratório pernambucano, a partir de frutas

Guloseima “daquele jeito”: doce, colorida, com textura “de tudo que não presta” e, de quebra, saudável. Não parece fazer sentido? Pois esse foi o desafio de uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que não apenas desenvolveu uma espécie de jujuba saudável – claro, sem aquela cobertura de açúcares – como atingiu o feito aplicando sabor às “balas” a partir de frutas do semiárido nordestino.

O alimento foi desenvolvido no laboratório do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Departamento de Ciências Domésticas da UFRPE.

A chamada “fruta estruturada” é produzida (e tem sabor) da seriguela, do cajá e da acerola, frutas-base que emprestam cor, aroma e sabor ao alimento. Rica em nutrientes e vitaminas, em especial a C, a guloseima passa longe de ser comparada às balas industrializadas, mas podem ser produzidas em larga escala.

Análises realizadas
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Físico-química: Compreensão e aperfeiçoamento da composição química do produto

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Microbiológica: Averiguação da sanidade do alimento (é quando se checa prazo de validade)

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Sensorial: Apuração de aspectos como sabor, cor, aroma, textura e paladar

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Teste de público: Feedback popular sobre paladar, aparência e potencial de comercialização (índice superior a 7, numa escala de 1 a 9)

“Aproveitamos as frutas presentes no semiárido para a produção dessas balas. É uma forma de utilizar o potencial de nossa região. Aquelas feitas do cajá e da seriguela ainda recebem um reforço de ácido ascórbico (vitamina C)”, ressalta a professora Maria Inês Sucupira Maciel, que também já produziu as jujubas nos sabores uva, goiaba e manga – todas sem conservantes artificiais e com baixo teor de açúcares.

“Nossa preocupação é em pesquisar as frutas da região, entender o valor nutritivo delas e tentar repassar para a população em forma de educação alimentar. O que estamos desenvolvendo é um tipo de produto à base de frutas regionais, nutritivo e saudável, porém não sei se vai ser aceito pela maioria das pessoas. Acaba sendo procurado por um nicho, que se preocupa com a dieta e o consumo consciente”, avalia a pesquisadora.