Escultor acredita que Bruno Borges é reencarnação do filósofo Giordano Bruno

Bruno Borges e Jorge Rivasplata - Arquivo Pessoal/Reprodução

Permanece o mistério de Bruno Borges, o jovem acriano que desapareceu no último dia 27/03, deixando 14 livros de sua autoria criptografados e as paredes de seu quarto cobertas por escritos igualmente cifrados – além de uma estátua de Giordano Bruno, filósofo italiano condenado à fogueira pela Inquisição, no século XVI, posicionada no centro do cômodo. E quem se pronunciou sobre o caso foi o escultor da estátua: o artista plástico Jorge Rivasplata, de 83 anos.

Assim como o primo de Bruno, o oftalmologista Eduardo Veloso (que emprestou o dinheiro usado por ele no projeto), Jorge também teve contato com alguns trechos iniciais da obra do estudante de psicologia. E da mesma forma que a família do rapaz, ele vê o trabalho como algo potencialmente benéfico para a humanidade; mais que isso, o escultor acredita que o rapaz seja a reencarnação de Giordano, nascido para completar a obra inconclusa do filósofo.

Os dois se conheceram quando Jorge ministrou um curso de desenho no qual Bruno foi aluno. O artista plástico logo percebeu que o jovem se destacava por sua inteligência e os dois passaram a conversas sobre o projeto de Bruno – ele inclusive deu ao artista um livro sobre Giordano. Foi por acreditar nas ideias do rapaz que ele concedeu um vultuoso desconto no trabalho de confecção da estátua. Inicialmente orçada em R$ 20 mil, Jorge recebeu R$ 7 mil pela peça, valor já divulgado anteriormente.

Ao portal G1, Jorge revelou que Bruno levou a estátua para casa no dia 16/03, mas que ela só foi finalizada já no quarto do rapaz – quando foi preenchida com madeira, espuma, cascalho e cimento, para que não pudesse ser retirada do lugar sem necessariamente fixá-la no chão, evitando que os símbolos grafados ao seu redor fossem danificados.

Enquanto isso, as investigações da Polícia Civil do Acre sobre o paradeiro de Bruno continuam sob sigilo. Uma das páginas do livro já foi desvendada por hackers e, de acordo com a irmã de Bruno, o rapaz deixou uma espécie de “chave” para auxiliar na decodificação das criptografias.

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