Mexicano é deportado após morar 30 anos nos Estados Unidos
Aos 10 anos de idade, o mexicano Jorge Garcia foi levado de seu país natal para os Estados Unidos por familiares. Após 30 anos e a criação de uma família com dois filhos no território norte-americano, Garcia foi deportado. Ele já gastou cerca de US$ 125 mil (aproximadamente R$ 400 mil) com advogados e despesas legais desde 2005 para tentar regularizar sua situação no país, chegando até a receber autorizações do Governo Obama para permanecer ali desde 2009. Morador da cidade de Detroit, ele foi escoltado para um voo em direção ao México no meio de janeiro de 2018.
Sua esposa e seus dois filhos são considerados cidadãos dos Estados Unidos. Com o endurecimento das normas de imigração do governo Trump, ele recebeu as ordens de retorno para seu país em novembro de 2017, prazo estendido até o dia de sua deportação. Segundo o jornal norte-americano USA Today, as pessoas que se mobilizaram a favor de Garcia afirmaram que ele não tem registros criminais e pagava seus impostos corretamente.
Nos Estados Unidos, há um programa chamado Deferred Action for Chilhood Arrivals (Ações Diferidas para Chegadas Infantis, em tradução livre), que permite a permanência de pessoas que chegaram ilegalmente antes dos 16 anos no país. Porém, esse programa só se aplica para pessoas nascidas depois de 15 de junho de 1981, não podendo ser aplicado no caso de Jorge. “É um pesadelo, eu não consigo colocar em palavras o que eu sinto”, afirmou Cindy Garcia, esposa de Jorge, ao jornal norte-americano Detroit News. Manifestantes compareceram ao aeroporto, pedindo para que o governo pare de separar as famílias.