Médico cria técnica para conversar com pessoas em estado vegetativo

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Um médico britânico está revolucionando a neurociência. Apropriando-se de técnicas que detectam atividades cerebrais, o Dr. Adrian Owen se dedica a estudar as mentes de pacientes em estado vegetativo. Ele tem o objetivo de identificar possíveis sinais de consciência utilizando scanners hospitalares. Os seus estudos têm mostrado eficiência, pois ele já conseguiu comunicação com muitas pessoas nessa situação. Adrian se dedica à área há mais de 20 anos.

Um dos métodos usados é pedir ao paciente que imagine um jogo de tênis, exercício que desperta o disparo de sinapses cerebrais. A escolha do esporte consiste na necessidade de imaginar vários movimentos e mecanismos existentes simultaneamente no cenário do jogo; desde apertar a raquete até visualizar a bola se movimentando. O neurocientista desafia os pacientes a imaginar a partida durante 30 segundos e fazer isso 10 vezes seguidas para que o aproveitamento seja confirmado. Segundo ele, uma em cada cinco pessoas no tratamento consegue reacender atividades mentais.

O tratamento do Dr. Owen deu certo com muita gente. Em entrevista ao Daily Mail, o médico descreveu a emoção de ver seu método funcionando pela primeira vez. “Realmente era como magia. Nós conseguimos! Fiquei com extasiado”, disse. O cientista também lembrou a evolução de outro indivíduo que se utilizou do método. “Ele foi capaz de nos dizer que sabia quem era. Ele sabia onde estava e sabia quanto tempo havia passado desde o acidente”, comentou.

Em gratidão e resposta aos estudos do médico, uma de suas pacientes, de apenas 20 anos, escreveu uma carta pedindo para que o seu caso fosse divulgado para motivar outras pessoas. “Eu não respondia e nada e depois das técnicas, tudo mudou. Era como magia”, dizia um trecho da carta. Apesar de feliz e satisfeito com sua invenção, Adrian Owen acredita que pode demorar muito para que ela seja aceita como prática em clínicas padrão. “Essas coisas não são decididas pelos cientistas. Elas são decididas por forças-tarefa do Reino Unido e conselhos de médicos que talvez se encontrem a cada dez anos para reavaliar os critérios de diagnóstico “, pontuou.

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