Luz 10 bilhões de vezes mais forte que sol é usada para estudar Ebola
Uma luz 10 bilhões de vezes mais forte que o sol está sendo usada por pesquisadores da Universidade de Oxford para descobrir a estrutura molecular do vírus ebola e ajudar na criação de uma vacina contra a doença mortal. A luz é produzida pelo acelerador de partículas Diamond Light Source, que ocupa um edifício do tamanho de um estádio de futebol. O tratamento com a luz permite aos cientistas a análise da estrutura atômica dos vírus, podendo expor eventuais fraquezas de doenças atualmente incuráveis, como as superbactérias resistentes a medicamentos.
Cientistas já haviam identificado que duas drogas existentes podiam exercer efeitos sobre o vírus ebola, que eram o analgésico ibuprofeno e o anti-câncer toremifeno. O resultado do estudo relata que, durante a aplicação no acelerador, os pesquisadores utilizaram a luz para analisar a estrutura do vírus ebola já exposto às duas drogas e descobriram que elas são capazes de inibir a propagação da doença em algum grau. O uso de remédios existentes que já foram testados clinicamente e são comprovadamente seguros para o uso em pacientes humanos agiliza um possível tratamento do ebola, por dispensar os testes de uma nova droga.
De acordo com o portal britânico Independent, o surto no oeste do continente africano matou mais de 11 mil pessoas antes da mobilização global que ajudou a conter a propagação do vírus. Entretanto, atualmente ainda não há vacinas para prevenir o contágio com o vírus nem medicamentos eficazes para a cura da doença.