Genética pode influenciar mais no desempenho do que a prática
Uma pesquisa divulgada pelo The Conversation e realizada por psicólogos da Universidade de Buckingham sugere que fatores como genética e a habilidade de “pensamento flexível“ podem influenciar a aptidão de uma pessoa ao realizar alguma atividade de desempenho. O estudo também levou em consideração o apreço dos participantes pela atividade e se possuíam características específicas que o justificassem.
A teoria foi testada utilizando um caça-palavras diferenciado. Ao contrário do jogo tradicional, as dicas dessas cruzadinhas eram propositalmente enganosas: em vez de procurar o sinônimo de uma palavra ou completar uma frase, os jogadores tiveram que buscar um conjunto gramatical de instruções codificadas que os levariam à resposta certa. A questão consistia em reconhecer e decifrar esse código, uma vez que o compositor das perguntas deveria montá-las de forma a esconder seu mecanismo de forma tão sutil que os participantes tivessem dificuldade em achar as respostas.
Para isso, os pesquisadores buscaram participantes que já tinham o hábito de resolver cruzadinhas. O estudo sugere que o gosto por matemática, ciência, quebra de códigos e até mesmo a predisposição a exercitar o cérebro no tempo livre foram qualidades básicas entre os jogadores. A maioria deles já resolvia palavras-cruzadas desde a adolescência, e alguns conseguiram decodificar algumas palavras-cruzadas excepcionalmente difíceis em menos de 15 minutos.