Feira expõe que hackers podem invadir brinquedos sexuais

Forbes/Reprodução

Quase sempre o avanço da tecnologia de equipamentos e máquinas é considerado positivo, devido as diversas possibilidades e vantagens proporcionadas. Entretanto, esses objetos nem sempre são seguros como parecem. Hackers podem atacar tanto computadores quanto aparelhos íntimos, como o caso dos objetos sexuais. A empresa de software Trend Micro fez uma demonstração – em uma feira de tecnologia em Hanover – de como pode ser fácil hackear um
brinquedo sexual.

Para o CTO da empresa Raimund Genes, pode parecer engraçado imaginar que alguém invada os códigos de um objeto sexual, porém essa invasão pode tornar-se perigosa. “Se eu cortar um vibrador é apenas diversão, mas se eu posso chegar ao back-end (código manipulado pelo servidor) e chantagear o fabricante…”, coloca.

De acordo com o Daily Mail, a explicação para a facilidade de hackear esses objetos tem a ver com a quantidade de aparelhos inteligentes que se conectam com a internet e a falta de dispositivos de segurança incorporados na fabricação dos produtos.

O diretor de segurança da empresa Pen Test Partners, Ken Murro, analisou produtos do mercado, entre eles, dois produtos da empresa Lovense, que permitia a experimentação de diversos usos do brinquedo sexual por meio de um aplicativo, além de permitir que o usuário pudesse interferir no brinquedo do outro, mesmo a longa distância. Murro disse à Forbes que isso poderia ser bastante perigoso porque não havia nenhum tipo de segurança sobre o registro do
login do brinquedo, por isso, qualquer um que mexesse na linha, poderia ter as informações do usuário e acessar vídeos linkados ao brinquedo. “Não é preciso muito para perceber que, no caso de um telefone perdido, roubado ou vendido, é potencialmente fácil assistir a vídeos de masturbação”.

Sobre o assunto, a empresa Lovense deu explicações ao tabloide britânico. “Levamos os dados privados de nossos clientes muito a sério. Por isso, não armazenamos nada em nossos servidores. Dito isto, nós poderíamos fazer um trabalho melhor explicando como armazenar de forma responsável quaisquer sessões gravadas, e pretendemos fazê-lo no futuro.”