DNA livra homem de prisão por estupro após 25 anos

Reprodução/ABC7

Um homem ficou preso por 25 anos por conta de um estupro que não cometeu, sendo liberado apenas na segunda-feira, 25 de abril. Darryl Pinkins, hoje com 63 anos, foi preso em maio de 1991 e só foi solto por conta de uma tecnologia recente que apontou que não há nenhuma evidência do crime que foi acusado. As informações são do tabloide britânico Daily Mail.

Ele foi acusado por uma mulher, que alegava que ele teria a arrastado para um carro em Hammond, Indiana, e a estuprado por horas. Desde a acusação, em 1991, Pinkins alegou inocência, mas as evidências apontavam para ele. A saída da prisão só foi conseguida por meio do Indiana Innocence Project (IIP), projeto que utiliza novas tecnologias de DNA para verificar a veracidade de condenações. Enquanto esteve na cadeia, Darryl perdeu dentes, virou diabético e agora tem doença de tireoide.

Pinkins foi recebido na saída da prisão por sua família e diversas outras pessoas, entre apoiadores e curiosos. Ele encontrou o filho de 24 anos, que nasceu após ele ter entrado na prisão. “Há uma rachadura no sistema. Ela existe e eu não sou o único nesta situação. São pessoas que não têm a sorte de ter a equipe que tenho me ajudando”, afirmou o agora ex-presidiário. Para deixar a cadeia e provar a sua inocência, Pinkins contou com o apoio de de profissionais do Indiana Innocence Project (IIP) e professores da Universidade de Direito de Indiana.

O método de DNA utilizado para inocentar Darryl é chamado TrueAllele, também usado para identificar pessoas desaparecidas. O IIP pegou a causa de Darryl em 2007 e tornou o seu caso o primeiro a ser solucionado por meio do TrueAllele. Roosevelt Glenn, amigo de Darryl, também preso como cúmplice do suposto estupro, está em liberdade desde 2009.

Pinkins foi solto por decisão dos promotores que preparavam um novo julgamento do seu caso. Eles chegaram a conclusão de que não existiam provas conclusivas para dar prosseguimento ao julgamento. “Quando você olha para as evidências que temos agora, seria uma injustiça tentar mantê-lo preso. Nós não iríamos condená-lo”, afirmou Bernard Carter em entrevista à rede de TV norte-americana ABC7. De acordo com o advogado da Universidade de Indiana, Fran Watson, o novo procedimento permite “dissecar o DNA”, possibilitando a diferenciação dos códigos genéticos distintos.

Segundo a ABC7, a mulher que acusou Pinkins, manteve sua posição e segue afirmando que ele foi o agressor.