Descoberto mecanismo cerebral capaz de inibir pensamentos indesejados

Courtesy of Nikon Small World/ Dr. Kieran Boyle

Cientistas britânicos podem ter encontrado o porquê de pensamentos indesejados, muitas vezes, dominarem a mente humana e esse passo científico, possivelmente, será importante para revelar como controlá-los. A pesquisa, publicada na Nature Communications revelou que o cérebro tem a necessidade de receber uma substância denominada GABA para ser capaz de conter esses tipos de pensamento. Essa descoberta tem grande chance de ajudar no avanço de tratamentos de transtornos mentais, pois existe possibilidade de transformar a GABA em medicamento. Porém, vale ressaltar que ser afetado por conteúdos indesejados na cabeça não é algo particular de quem sofre com transtornos psicológicos, é algo abrangente, que pode alcançar qualquer pessoa.

O estudo trará muitos benefícios a pacientes com depressão, ansiedade, esquizofrenia e transtornos relacionados à compulsão e estresse. Os pesquisadores fizeram um teste, na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em alguns voluntários. Na primeira experiência, os participantes receberiam uma palavra somada a um sinal verde ou vermelho. Caso o sinal fosse verde, eles deveriam tentar tentar lembrar a palavra, se fosse vermelho, tentariam forçar um esquecimento da palavra em sua mente. Durante o teste, havia um monitoramento no cérebro dos voluntários a partir de imagens de ressonância magnética e o resultado mostrou que os voluntários com maior quantidade de GABA na região cerebral do hipocampo apresentaram melhor desempenho na hora de suprimir os pensamentos. A substância age como neurotransmissor inibidor do cérebro, sendo capaz de interromper algumas atividades celulares quando liberada.

Em entrevista à BBC, um dos líderes da pesquisa, Michael Anderson, explicou sobre a sensação de ter efetuado os testes. “O que é emocionante sobre isso é que agora estamos ficando muito específicos. Antes, só podíamos dizer ‘essa parte do cérebro age nessa parte’, mas agora conseguimos citar quais neurotransmissores provavelmente são importantes”, declara.

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