Chechênia é acusada de criar campo de concentração gay

Pinterest/Reprodução

A Chechênia, uma das regiões da antiga União Soviética, envolvida em embates diplomáticos e bélicos com a Rússia para conseguir a sua independência, foi acusada por grupos de direitos LGBT da Rússia de ter criado um campo de concentração para homossexuais. No local, os prisioneiros estariam sendo torturados de várias formas e, inclusive, mortos.

De acordo com informações do jornal britânico Daily Mail, cerca de cem homens foram detidos no local e três foram mortos ao longo da última semana. Um dos campos estaria localizado na cidade de Argun, onde funcionava um antigo campo militar.

“Gays estão sendo detidos e estados tentando tirá-los dos campos. Alguns até já deixaram a região. Quem escapou afirmou que esteve em salas com cerca de 30 pessoas. Eram torturados com choques elétricos e agredidos. Por vezes, até morrerem”, afirmou a ativista Svetlana Zakharova, da organização LGBT NetWork.

Em declarações à imprensa local, um dos fugitivos disse que prisioneiros são agredidos para informarem nomes e paradeiros de outros homossexuais da região. A Chechênia é reconhecidamente uma localidade bastante conservadora, muitas vezes infligindo os direitos humanos. A homofobia e a falta de suporte do Estado às causas LGBT no país têm feito com que muitos homossexuais excluam seus perfis de redes sociais. Isso por conta das estratégias utilizadas por autoridades locais de utilizar homens que fingem ser gays para identificar prender homossexuais.

“Nós só podemos contar com as autoridades da Rússia para investigar as acusações. Homossexuais na Chechênia são tratados de forma severa e estão assustados para falarem sobre isso”, informou Alexander Artemyev, da Anistia Internacional na Rússia. Ainda de acordo com ele, a Anistia está em contato com a LGBT Network para tentar levar as autoridades até a localização do campo de concentração.

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