Corpos de casal são achados congelados após 75 anos

Le Correriere / Reprodução

Os corpos de um casal desaparecido há mais de sete décadas nos alpes suíços foram encontrados preservados perto de uma pista de esqui na localidade de Les Diablerets, após o degelo de geleiras na região. O casal foi encontrado deitado lado a lado com mochilas, uma garrafa, um livro e um relógio. Todos intactos. A suspeita é de que os corpos sejam de Marcelin e Francine Dumoulin, desaparecidos em agosto de 1942 após saírem de casa para cuidar do gado. Eles teriam caído em uma fenda e morrido de hipotermia. Após o desaparecimento, os dois deixaram sete filhos, cinco meninos e duas meninas, todos distribuídos em casas de adoção. Nenhum deles sabia o paradeiro dos pais até então. “Nós passamos toda nossa vida procurando por eles, sem parar. Nunca pensamos que seríamos capazes de dar o funeral que mereciam”, afirmou Marceline Dumoulin, filha do casal, em entrevista ao jornal suíço Le Matin.

Os pais de Marceline tinham 40 e 37 anos na época do desaparecimento. Ela tinha apenas quatro. Segundo a aposentada, que continua a morar na mesma vila onde viveu a vida toda, aquela era a primeira vez na qual a mãe acompanhava o pai em uma das aventuras para tolher o gado, afinal, nos anos anteriores a mulher sempre esteve grávida ou adoentada. As buscas pelos dois foram encerradas após dois meses. A família foi separada pelo tempo. “Um dos meus irmãos virou pastor e organizou uma festa de reunião em 1957. Foi um ótimo momento para todos. Apesar de vivermos na mesma área, nos tornamos desconhecidos”, contou em entrevista ao jornal. Agora, ela pretende dar um enterro digno aos familiares.

Ainda segundo o jornal suíço, esta não é a primeira vez no qual o degelo na região revela corpos de pessoas desaparecidas há décadas. No ano de 2008, um rapaz chamado Jean-Pierre C., desaparecido em 1954, foi encontrado em estado semelhante ao de Francine e Marcelin. O mesmo aconteceu em 2012, quando dois irmãos desaparecidos em 1926 foram encontrados em estado de mumificação. Apesar dos corpos terem sido reconhecidos pela filha do casal, eles ainda passam por exames de DNA para terem a identidade revelada.

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