Anonymous anuncia caça a estupradores de adolescente carioca
O grupo de hackers Anonymous anunciou, na quinta-feira, 27 de maio de 2016, uma caçada digital aos 33 homens que participaram do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro. A chamada “Operação Mulheres Livres” reunirá esforços para, por meio dos rastros deixados pelo homem que postou foto e vídeo da vítima nas redes, em maio de 2016, entregar suas identidades às autoridades.
O grupo afirma mirar também outras pessoas que possam ter qualquer grau de conivência com a ação dos estupradores. “Qualquer um que apoie, divulgue, seja conivente, assista, compartilhe, ou simplesmente que não aceite o fato de que o único culpado pelo estupro é o próprio estuprador, será visto por Anonymous também como inimigo”, diz a publicação veiculada no Facebook. A ação faz menção ao caso da adolescente de 16 anos que saiu para um baile na sexta-feira (20) e acabou estuprada, enquanto estava desacordada, por mais de 30 homens, no Morro da Barão, na Praça Seca – Rio de Janeiro, que causou revolta e inspirou um levante sobre gênero e vulnerabilidade feminina nas redes sociais.
Mais cedo, outra mensagem circulava nas redes, com o conteúdo de “Estupradores naõ são doentes: são filhos saudáveis do patriarcado”, que discutia sobre a cultura de atribuir a culpa às vítimas de opressões. “Uma sociedade doente, gera pessoas doentes, assim como o caso do Rafael, que divulgou e achou graça da desgraça e covardia extrema a qual cometeu com uma jovem, ainda por cima menor de idade, junto com mais cerca de 30 homens”, alega o grupo, sobre o primeiro identificado e exposto na ação. “Estamos com mais dados em relação a ele, mas, esses dados serão entregue para as autoridades na ajuda pra localizar o estuprador. Sim, tomamos toda cautela para confirmar a identidade dele”.