Startup francesa vai comercializar energia a partir de bactérias
Uma startup francesa está vendendo uma nova forma de energia que é alimentada por organismos vivos. A empresa Glowee, localizada em Paris, começou a vender luzes bioluminescentes, alimentadas por bactérias, para iluminar fachadas de lojas e placas de rua. O primeiro produto lançado por eles tem uma vida útil de 3 dias. Agora estão trabalhando em um nova versão, com um tempo de duração maior – cuja expectativa é de que dure até um mês.
O projeto funciona da seguinte forma: eles pegam pequenos frascos transparentes com um gel contendo bactérias bioluminescentes. Nele, há nutrientes que as mantém vivas. O organismo em questão é a Aliivibrio fischeri, que costuma dar aos animais marinhos a capacidade de brilhar com uma luz azul esverdeada.
Segundo o New Scientist, a fundadora da Glowee, Sandra Rey, informou que o objetivo deles é mudar a forma como a luz é produzida e consumida e que planejam oferecer uma solução global que consiga reduzir em 19% a energia necessária em iluminação.
Essa é uma das primeiras empresas a desenvolver este produto comercialmente. As luzes bioluminescentes não são novas, mas agora estão sendo vendidas, na França, para varejistas. Elas ainda servem como alternativa para os donos de lojas iluminarem o estabelecimento durante a noite. No país, é proibido deixar luzes acessas no período que vai da 1h até as 7h e como as luzes bioluminescentes não são muito brilhantes, acabam servindo como uma forma de contornar a proibição.
Além disso, esse tipo de luz pode ser utilizada como iluminação decorativa, em lugares que não tenham cabo de alimentação e em locais públicos, parques e praças. Ainda segundo o site, o projeto não foi bem aceito por todos. A empresa de serviços públicos ERDF administra 95% da energia elétrica do país e fez um alerta para o valor que pode ser gasto com energia bioluminescente. Eles afirmaram que a manutenção de um grande número de bactérias à temperatura adequada pode sair muito caro para os comerciantes. Em contrapartida, a Glowee informou que a sua equipe está desenvolvendo um interruptor molecular que irá ativar a bioluminescência apenas à noite. Isso permitirá que a bactéria economize energia durante o dia.