Polícia afirma que pode haver “pacto de silêncio” entre amigos de Bruno Borges
Continua o mistério envolvendo o estudante de psicologia Bruno Borges, desaparecido desde o último dia 27/03, na capital acriana, Rio Branco, tendo deixado 14 livros escritos à mão em seu quarto – que contava ainda com as paredes cobertas de escritos; todo o conteúdo estava criptografado. Uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600) também foi deixada no centro do cômodo.
Até o pouco tempo, apenas o escultor da estátua havia sido identificado e afirmou acreditar que Bruno seria a reencarnação de Giordano. Agora, já se sabe que o rapaz encomendou três capaz com capuz a uma costureira local; que tomou um táxi em um ponto próximo de casa e desceu em uma estrada de terra, próximo a um local dentro de uma mata que supostamente é utilizado para rituais pagãos. E que teve ajuda de dois amigos – parte dos poucos que faziam parte de seu círculo íntimo – para transcrever os trechos de sua obra para as paredes do quarto.
É desses amigos que a Polícia Civil do Acre desconfia que sabem mais do que deixam transparecer. Ao portal G1, o delegado Fabrizzio Sobreira, responsável pelo caso, afirmou que parece haver entre os amigos de Bruno uma espécie de “pacto de silêncio” para que seu projeto – e seu paradeiro – não sejam revelados. Sobreira afirmou que, dependendo do teor de suas declarações ao final das investigações, essas pessoas podem ser indiciadas por falso testemunho; mas que não são obrigadas a revelar os detalhes do acordo que a polícia acredita existir entre eles.
Sobreira também acredita que Bruno possa estar usando vários números de celular diferentes para que não possa ser localizado através de rastreamento eletrônico. E disse que não foi descartado totalmente que ele possa estar sofrendo algum tipo de coação, apesar de considerar essa a possibilidade mais remota. Há também a possibilidade que ele tenha deixado o país: denúncias de avistamento de Bruno já foram recebidas de países como Chile, Peru e Paraguai.