Pais lutam para registrar filha com nome africano

Facebook/Reprodução

Nascida no último dia 16 de março, a filha de Cizinho Afreeka e Jéssica Juliana de Paula vem gerando controvérsia no Rio de Janeiro, pelo fato de não ter tido o nome aceito no cartório. Os pais da garota foram impedidos de registrar o nome Makeda Foluke, de origem africana, junto ao Cartório do 2° Distrito São João de Meriti. Segundo o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades(CEERT), o pai de Makeda afirmou que precisou fazer uma petição justificando a escolha para tentar autorização do registro na justiça, uma vez que o procedimento de impedimento é aplicado em caso de identificação de nome que possam futuramente ser motivo de dificuldades para a criança, a exemplo de bullying.

Os pais entraram com um ação na Justiça, mas a recomendação do Ministério Público, considerando a mesma base defendida pelo cartório, foi de aconselhar os pais a acrescentar um prenome diferente ou a mais na criança. Os pais informaram que recorrerão da decisão: “Não tem jeito de ela ser chamada por outro nome, todo mundo a chama assim mesmo antes dela nascer”, afirma Cizinho, em cuja página no Facebook acabou canalizando uma série de mensagens em solidariedade ao casal.

Só podemos agradecer a força que estamos recebendo

Publicado por Cizinho AfreeKa em Domingo, 27 de março de 2016

Em uma rápida busca no Google, é possível encontrar referências negras a ambos os nomes escolhidos pelos pais. Makeda é um termo atribuído à chamada “Rainha de Sabá”, enquanto Foluke é um prenome já utilizado em outros países, inclusive em atletas como Foluke Akinradewo, canadense vencedora do Grand Prix de vôlei em 2010 (detalhe: também negra).