País asiático proíbe celebração do Natal em locais públicos
Nesse ano, quem passar o fim do ano em Brunei, um dos países mais ricos em petróleo do mundo, não vai ver nenhum sinal do Natal nas ruas. Quem for flagrado comemorando publicamente a data será preso por até cinco anos de acordo com novas leis sancionadas em dezembro de 2015. Até utilizar gorrinhos de Papai Noel se enquadra como ilícito, de acordo com o jornal britânico The Daily Mail.
Em Brunei, 32% da população de 420 mil pessoas é não-islâmica e poderão comemorar o natal apenas em locais fechados em que não possam ser vistos por muçulmanos. Enviar cartões de feliz natal, contudo está proibido em qualquer circunstância. A decisão de banir as celebrações foi do sultão Hassanal Bolkiahhat e publicada nos jornais locais. Ele teme que os muçulmanos possam ter suas crenças ameaçadas pelo contato com o cristão.
Em Brunei é proibido propagar qualquer religião que não seja o islamismo. As leis criadas para definir o que é ou não propagação de uma crença são uma forma de expulsar pacificamente pessoas de outras religiões que morem no país. A legislação do país tem ficado cada mais rígidas. Roubos e consumo de álcool têm sido punidos com amputações e chicotadas desde abril de 2015 e, a partir de 2016, a pena de morte por pedradas entrará em validade para casos de adultério, sodomia e insulto a Maomé.