Pioneiro, projeto de vila exclusiva para idosos chega ao Sertão da Paraíba
Um novo condomínio residencial voltado para idosos deve ser inaugurado em Cajazeiras, município do Sertão da Paraíba. A previsão do novo empreendimento do pioneiro projeto Cidade Madura está previsto para março de 2016. O programa envolve a criação de um conjunto habitacional voltado para pessoas da terceira idade e já existe em João Pessoa e Campina Grande, as duas maiores cidades do estado. Outros três municípios devem receber investimentos do gênero, estimados em R$ 4 milhões: Guarabira, Patos e Sousa.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano da Paraíba, a ideia do projeto é que os idosos possem a morar em um local digno, com boa convivência e sem precisar de ajuda de terceiros, já que o espaço só recebe pessoas com idade acima de 60 anos e que não dependem de cuidadores. A iniciativa foi reconhecida em 2015, na cidade de Curitiba, capital do Paraná, como vencedora do prêmio Selo de Mérito por atender as exigências de acessibilidade necessária para pessoas idosas.
Cada condomínio possui 40 casas – com espaço interno de 54 m² -, posto de saúde, redário, horta comunitária e área de lazer. As casas são de propriedade do Estado, assim, os moradores da Cidade Madura não pagam aluguel, apenas uma taxa de 50 reais de condomínio, além de despesas com água e luz. Os moradores passam por um cadastro e aguardam numa lista de espera junto à secretaria para ter a oportunidade de usufruir do benefício.
Maria Mathias, 79, mora no condomínio da cidade de João Pessoa há quase 2 anos. Antes de ser contemplada com uma vaga na Cidade Madura, ela já chegou a ficar devendo 5 meses de aluguel no condomínio anterior por conta de gastos com o cateterismo. Porém, agora ela sente-se satisfeita com a “nova” moradia. “Eu me sinto muito bem abrigada, me sinto feliz, pois morava de aluguel. Cidade Madura é um lugar tranquilo, que você sente a paz. ”
Com dois filhos morando na Bahia, Maria recebe de vez em quando os parentes em casa, por causa da convivência diária, ela considera os vizinhos como sua outra família. Além disso, diz que apesar de morar sozinha, sente-se segura e bem assistida no local. “Nós temos trabalhadores de serviços gerais, auxiliares no posto de saúde e cerca elétrica”, conta.