Nova forma de cremação com água tem proposta ecológica

Bradshaw Funeral/Divulgação

Ao perder alguém querido, normalmente não se pensa muito nos impactos ambientais que seu enterro pode vir a ter. Acontece que, no caso de uma cremação, o nível de calor produzido é o suficiente para queimar uma casa no meio de um inverno intenso. Em um enterro, o corpo é enterrado usando elementos retirados da natureza: madeira, algodão, pedra. Pensando em diminuir esse impactos, uma nova forma de cremação foi inventada: cremação com água.

Considerada uma cremação alternativa e ecológica, o processo utiliza uma solução alcalina feita a partir de hidróxido de potássio. De acordo com o portal de notícias da BBC Brasil, os estabelecimentos que oferecem esse tipo de serviço tiveram uma procura de 80% dessa cremação “verde” ao invés da cremação com fogo.

Esse processo transforma os ossos em pó, que pode ser depositado em qualquer lugar, assim como as cinzas no caso da cremação com fogo. “Há algumas pessoas com um interesse científico e, claro, interessadas no fator ambiental”, diz. “Mas é mais uma questão emotiva. Eu diria que a maioria das pessoas toma a decisão com base numa intuição de que a água é mais suave”, explicou a diretora de uma casa funerária norte-americana, Anne Christ. Porém, segundo ela, as pessoas não sabem qual é o real efeito que uma hidrólise alcalina tem no corpo humano.

“A hidrólise alcalina é o processo natural pelo qual o corpo passa quando é enterrado. Aqui recriamos as condições ideais para isso acontecer muito, muito mais rápido”. Um processo que duraria décadas em um cemitério, acontece em 90 minutos dentro da máquina utilizada na cremação. O que resta são apenas os ossos molhados, que então são colocados dentro de uma secadora de roupa doméstica. Depois, os ossos são cremados normalmente, mas ficam com uma tonalidade muito mais clara, parecendo farinha, e produz 30% a mais pó.

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