Mulher sofre tentativa de roubo da filha e racismo em viagem

Jamille Azevedo / Facebook

Uma jovem universitária de 22 anos passou por uma situação desesperadora. Jamille Azevedo sofreu uma tentativa de roubo da sua filha, que tem apenas 1 ano e 5 meses, durante um parada de viagem entre São Paulo e Belo Horizonte. Uma mulher se aproximou de sua filha e queria levar a criança, alegando que era sua. Além de ser acusada de não ser mãe da criança, Jamille ainda teve que escutar comentários racistas da mulher, que disse que a “preta” queria roubar a menina. O caso ocorreu em 26 de junho de 2017.

A jovem, que mora no município de Betim, em Minas Gerais, tinha ido até São Paulo visitar o marido. Na viagem de volta para casa, ao desembarcar em Perdões, no sul de Minas, ela foi ao banheiro, junto com a criança. Ao ver uma mulher, com aproximadamente 30 anos se aproximar da criança, acho que se tratava apenas de uma brincadeira. Quando a mulher tentou arrancar a criança de seu colo e começou a gritar “solta minha filha”, que ela percebeu do que se tratava.

Um funcionário do local perguntou se Jamille tinha como provar que a criança era sua filha, porém, tão assustada, ela não conseguiu nem pensar em pegar os documentos, ao ver a criança sendo entregue nas mãos da impostora. “Vi meu mundo cair, pegaram a minha filha do meu colo e entregaram a ela. Vi ela andando em direção ao carro com a minha filha no colo”, contou Jamille ao G1. Após finalmente mostrar a carteira de identidade da menina, a criança foi devolvida para os braços de Jamille, que já tinha escutado que a menina era muito branca para ser sua filha, em uma parada anterior.

A jovem decidiu seguir viagem e registrar a ocorrência apenas em Belo Horizonte, já que o motorista dizia que “não ia esperar por ela”, descreveu a mulher em um post no Facebook. Ao chegar na cidade, ela não teve como fazer o boletim de ocorrência por não estar na cidade em que o fato ocorreu e por não saber nenhum informação sobre a mulher. Somente após uma terceira tentativa que ela conseguiu fazer um B.O. “Eu vim embora com uma sensação horrível, de que isso ainda vai acontecer muitas e muitas vezes e por causa do racismo e preconceito quase eu perco a minha filha”, comentou a mulher.

Confira o post feito por Jamille em seu perfil do Facebook:

Gostou do conteúdo? Em nossa página tem mais: