Jovens da nova geração tendem a ter práticas sexuais mais diversas

Creative Commons / Max Pixel

Um a cada quatro homens e uma a cada cinco mulheres, entre 2010 e 2012, praticou sexo oral ou anal. O número é crescente em relação à década de 90. Um novo estudo sugere que não foram só os comportamentos e as roupas que mudaram com o passar dos anos, mas que as práticas sexuais entre jovens heterossexuais com idades entre 16 e 24 anos também ficaram mais diversificadas.

O estudo da London School of Hygiene e Tropical Medicine e a University College London sugere que a geração nascida entre 1993 e 2001 tende a ter uma vida sexual mais, digamos, picante. Os pesquisadores descobriram, após estudar 45 mil voluntários – na faixa etária retratada – e acompanhá-los desde 1990 que os heterossexuais estavam envolvidos em hábitos sexuais mais diversificados em 2010 do que em 2000 e 1990. Para o acompanhamento da vida sexual dos voluntários, foram utilizados dados do Inquérito Nacional de Atitudes Sexuais e Estilo de Vida.

O que mudou?

A média de idade em que se deu o primeiro beijo e contatos sexuais é 14 anos. Só que, entre pessoas nascidas de 1990 a 1996, tiveram sua primeira relação sexual em uma espaço de tempo menor em relação ao primeiro beijo – aos 16 anos. Outro aspecto que mudou foi em relação ao sexo vaginal, oral e anal. Uma em cada dez pessoas da geração entre 16 e 24 anos, em 1990 e 1991, alegaram ter praticado. Já entre 2010 e 2012, um a cada quatro homens e uma a cada cinco mulheres praticou. Os maiores aumentos da prática do sexo oral e anal está entre os 16 e 18 anos.

Para a autora do estudo, Ruth Lewis, as mudanças nas práticas sexuais são consistentes com o alargamento de outros aspectos da experiência sexual dos jovens. E, talvez, não sejam surpreendentes dado o contexto social de rápida mutação e o número cada vez maior de influências sobre o comportamento sexual. “Ao esclarecer quando e qual tipo alguns jovens estão tendo sexo, nosso estudo ressalta a necessidade de uma educação precisa a respeito que ofereça oportunidades para discutir o consentimento e a segurança em relação a uma variedade de práticas sexuais”, explicou Lewis ao Independent.

Gostou do conteúdo? Em nossa página tem mais: