Irmãs siamesas sobrevivem a viagem de 12h de moto buscando cirurgia
As gêmeas siamesas Anick e Destin passaram por uma grande aventura já na primeira semana de vida: unidas pelo umbigo, as garotas nascidas em uma vila remota na República Democrática do Congo precisaram fazer uma viagem de 12 horas em uma moto e três em um avião por mais de 1,4 mil quilômetros até conseguirem uma cirurgia de separação.
As meninas nasceram em um parto natural com 37 semanas de gestação (algo extremamente raro tanto para gêmeas quanto para crianças siamesas) dividiam alguns órgãos e precisavam de ajuda para se desenvolver. Em busca de socorro médico, os pais as enrolaram em cobertores, subiram na garupa de uma moto e percorreram 250 quilômetros até o Hospital Missionário de Vanga, referência na área. O local, porém, não tinha estrutura para recebê-las e as encaminhou para a capital do país, Kinshasa.
“Havia uma grande quantidade de pessoas ao redor do médico que levava a mulher até o hospital. Todos tentavam a tocar, tirar fotos, fazer perguntas. Pareciam paparazzis de Hollywood”, afirmou a médica Jaclyn Reierson, missionária que trabalha viajando de forma voluntária para cuidar de pessoas em regiões pobres, em uma publicação no site da Companhia de Aviação Missionária. Ela acompanhou a mãe da garota dentro do voo até o hospital e desabafou esperar angustiadamente por notícias da família, que só chegaram semanas depois, afirmando que as duas foram separadas com sucesso e se recuperavam bem. “Em um país onde há tanta dor e luta, ficamos felizes e gratos por este resultado”, afirmou.