Estudo norte-americano revela que gays negros têm mais risco de contrair HIV que héteros brancos
Pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos revela que 50% dos homens negros gays ou bissexuais podem ser diagnosticados com o vírus HIV até o fim de suas vidas. O levantamento revela uma intensa disparidade entre raças e sexualidades, quando o assunto é a infecção. Para se ter uma ideia, um a cada quatro homens homossexuais e bissexuais latino-americanos são apontados como prováveis futuros infectados, entre os brancos, essa proporção é de um a cada 11 homens. A maior disparidade se dá justamente entre os brancos heterossexuais e os homossexuais e bissexuais negros: enquanto o primeiro grupo, a taxa esperada de infecção é de 1 em cada 2,5 mil, o segundo teria contágio equivalente em 1 em cada 2. De acordo com a pesquisa, diversos fatores contribuem para o alto risco está relacionado com homens negros. O primeiro deles é a condição socioeconômica – acesso limitado a saúde e grandes níveis de desemprego -, além de suas redes de parceiros sexuais serem supostamente menores e, claro, a questão da educação e consciência quanto ao risco da transmissão, uma realidade generalizada entre todos os grupos. “Estas estimativas são um lembrete de que os homens homossexuais e bissexuais enfrentam um risco inaceitavelmente elevado para o HIV – e da necessidade urgente de ação. Se nós trabalharmos para assegurar que todos os americanos tenham acesso às ferramentas de prevenção que sabemos ser eficientes, podemos evitar os resultados projetados neste estudo”, disse o diretor do CDC, Eugene McCray.
O que prevê a pesquisa – por gênero e raça (sem distinção por orientação sexual)
Homens negros infectados
Mulheres negras infectadas
Mulheres que injetam drogas contaminadas
Homens brancos infectados
Mulheres brancas infectadas
Homens que injetam drogas contaminados
“Por mais alarmante que estas estimativas de risco de vida sejam, eles não são uma conclusão precipitada. Elas são uma chamada à ação. As estratégias de prevenção e cuidados que temos à nossa disposição hoje fornecem uma perspectiva promissora para futuras reduções das infecções pelo HIV e as disparidades nos EUA.”, disse Jonathan Mermin, do CDC. Segundo o Daily Mail, a agência calculou suas estimativas de diagnósticos de HIV e estatísticas de óbitos entre 2009 e 2013. O relatório foi feito baseado em todos os 50 estados do EUA.