Estudante cria sachê que permite intolerante à lactose beber leite
Aos 16 anos, a estudante paranaense Maria Vitória Valoto pode mudar a vida dos intolerantes à lactose. Com um projeto científico, ela desenvolveu um protótipo de sachê que tornaria o leite ideal para consumo dos que sofrem com a condição. A ideia chamou a atenção de gigantes da tecnologia: a Google acaba de anunciá-la como finalista de sua feira internacional de ciências, cuja premiação está marcada para setembro de 2016, enquanto a Intel também a classificou como finalista em maio do mesmo ano na análise de seus projetos.
O sachê funciona como uma cápsula com lactase, substância que “quebraria” a lactose (um tipo de açúcar) e justamente o que falta no organismo de intolerantes, gerando alergias ao leite e seus derivados. O consumo, no entanto, ainda não é imediato. É necessário colocar a cápsula no leite e esperar até cinco horas para consumir o leite sem lactose.
A ideia original veio de pesquisadores da Unopar, em Londrina, mas acabou sendo desenvolvida pela estudante do 2º ano do Ensino Médio, junto aos professores do Colégio Interativa, ao longo de um ano. A motivação veio do pai da garota, que é intolerante à lactose.
O impacto do projeto seria o de utilizar o recurso diretamente no produto, sem a necessidade do paciente tomar qualquer medicamento antes para prevenir a alergia. Além disso, é possível aplicar os sachês em quantidade razoável de leite e consumi-lo ao longo dos dias. “A pessoa poderia comprar o produto comum e torná-lo sem lactose. Em um ano, essa nova técnica poderia resultar em uma economia de até R$ 700. É muita coisa”, afirmou a jovem ao jornal Gazeta do Povo, um mês antes de ser escolhida finalista pela gigante da tecnologia.
A final da Google Science Fair será realizada em setembro, na sede da companhia, na Califórnia (EUA), reunindo 16 finalistas, com idades entre 13 e 18 anos, e todo o mundo.