Consumo de pornografia não afeta vida sexual de mulheres, mas prejudica homens, diz pesquisa

albawabhnews/Reprodução

Um estudo aprofundado sobre o consumo de pornografia analisou 50 estudo globais já existentes, envolvendo mais de 50 mil pessoas, para tentar traçar um panorama mais preciso da exposição das pessoas a esse conteúdo. A pesquisa finalizada chegou a conclusão de que se expor a esse tipo de conteúdo não tem efeito negativo na satisfação sexual da mulher. A maior razão listada é a de que mulheres assistem pornografia com os parceiros, o que acaba melhorando a relação do casal. Em comparação, homens tendem a consumir o conteúdo quando estão sozinhos e isso desloca a visão sobre sexo real, gerando menor satisfação.

Sobre a razão por trás de tanta insatisfação masculina, o estudo revelou que a exposição a conteúdo misógino e de punição não agrada grande parte dos homens. A repulsa por essas narrativas deixa os homens emocionalmente, sexualmente e relacionamente insatisfeitos e alienados. Ou seja, assistir pornografia sozinho invade espaços da mente dos homens quando eles estão tendo relações reais.

O estudo também analisou o efeito que pornografia tem em homens de acordo com a idade. Os resultados mostraram que homens entre 30 e 40 anos foram criados com conteúdo em revistas e VHS mais antigo, então era mais difícil e cansativo encontrar fontes para esse conteúdo. Para homens dessa idade, o estudo questionou qual o motivo por trás da procura por uma distração sexual, mas não chegou a nenhuma conclusão.

Para pessoas mais jovens, a pesquisa revelou que alguns homens chegam a ser expostos a conteúdo sexual aos 10 anos idade e evidências apontam para uma possível distorção da realidade que faz com que esses jovens criem expectativas equivocadas em relação a sexo. Para os pesquisadores, é inegável a ideia de que pornografia está alterando a visão das pessoas sobre a realidade de relações sexuais, o que não necessariamente leva a abuso e violência, mas sim a frustração e desapontamento com o sexo.

Nos homens, cada vez mais, esse desapontamento está se transformando em disfunção erétil. Segundo o jornal britânico The Telegraph, a quantidade de homens britânicos na sua adolescência e por volta dos 20 anos de idade com disfunção é a mesma de homens entre 50 e 60 anos.

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