Com apoio de Bill Gates, brasileiro tenta erradicar vírus Zika

Agenor Mafra-Neto/Arquivo Pessoal

O gaúcho Agenor Mafra-Neto saiu do Brasil para estudar entomologia e ecologia química nos Estados Unidos há 30 anos. Se tornando referência no combate da malária em países africanos, decidiu voltar seus estudos aos problemas de saúde relacionados ao mosquito Aedes aegypti. Agora como uma esperança no combate da dengue e do zika vírus, ele recebeu apoio financeiro da fundação Bill & Melinda Gates para começar testes para acabar com a epidemia.

A empresa de Agenor, batizada de Isatech nasceu de estudos feitos a respeito da malária, que tem cerca de 438 mil vítimas, 70% delas crianças menores de 5 anos de idade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a colaboração da fundação de Bill Gates, ele criou um inseticida com alta eficácia, mas baixo impacto ambiental chamado Vectrax. A substância mostrou ser 80% letal contra a malária transmitida por mosquitos.

Vectrax foi testado em oito vilarejos da Tanzânia e, quando comparado com a outra parte dos vilarejos que não passaram pelo tratamento, foi observada uma erradicação quase total dos vetores de malária. Ainda na época, Mafra-Neto já fazia testes com o mosquito Aedes aegypti, que, segundo ele, tiveram um índice de extermínio semelhante ao visto no caso da malária. “O Aedes e a dengue foram a minha epifania: queria fazer alguma coisa para combater os problemas causados pelo mosquito no Brasil”, declarou Mafra-Neto ao jornal BBC Brasil. Agora a Instatech irá retomar os contatos feitos durante os testes na Tanzânia para começar testes no Brasil.

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