Computação moderna deve base a monge morto há 1,2 mil anos

Pixabay / Reprodução

Durante a Idade Média, uma série de enigmas foram criados para a “afiar a mente dos jovens”. A maioria desses desafios foram de autoria de Alcuíno de York, também conhecido na sua época como o homem mais inteligente do mundo. Alguns anos depois, seus enigmas se tornaram base para um ramo da matemática conhecido como análise combinatória, um tipo de cálculo que hoje está por trás da programação de computadores e da criptografia moderna.

Alcuíno, nascido no ano de 735 D.C, estudou em uma pequena escola na cidade de York, na Inglaterra, onde mais tarde tornou-se diretor, levando a instituição a ser uma das mais prestigiadas da Europa. Com o passar dos anos, a inteligência de Alcuíno ficou tão reconhecida que ele foi convidado a ser professor do Imperador Carlos Magno. Ele defendia o aprendizado da matemática e da lógica pelo valor do conhecimento, não como forma de encontrar salvação religiosa, como era comum na época.

Embora a ciência antigamente não fosse como hoje, o conhecimento desenvolvido e conservado na época, como a aritmética e a geometria, criou a plataforma intelectual que acabou tornando possível o desenvolvimento da ciência como conhecemos hoje. “Se você está escolhendo um caminho, tem que analisar todas as rotas possíveis e escolher a mais rápida. Se você envia uma mensagem secreta, o que os criptografistas fazem é ordenar as diferentes possibilidades e encontrar a resposta. Na computação, muito dos experimentos e cálculos feitos pelos cientistas usam a análise combinatória”, explica a matemática Hannah Fry, professora da University College London, à BBC.

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