Após matar três companheiros, mulher de 70 anos é condenada à morte

Kyodo/Divulgação

Uma japonesa de 70 anos foi julgada e condenada pelo Tribunal Distrital de Quioto por assassinar três parceiros, sendo um deles seu marido, e tentar matar um conhecido. O caso, que repercutiu em todo o mundo, rendeu para Chisako Kahehi o apelido de “viúva negra”. Os promotores japoneses sustentaram que, em todos os casos, a mulher enganou as vítimas a tomar cianeto (composto químico altamente tóxico) e tentou herdar seus bens com finalidade de pagar diversas dívidas adquiridas ao longo da vida. Todos os assassinados, assim como a algoz, tinham mais de 70 anos. Os crimes ocorreram entre 2007 e 2013.

A defesa de Chisako, entretanto, argumenta que faltam provas físicas e alega que alguns dos homens morreram de “forma natural”. Segundo eles, a mulher ainda apresenta sintomas de demência precoce desde o início dos assassinatos, não devendo ser responsabilizada pelos atos. Mas o juiz que comandou a sessão foi irredundante sobre a decisão. “Foi um crime hediondo impulsionado pela ganância por dinheiro. A sentença de morte é inevitável”, declarou Ayako Nakagawa ao jornal japonês Japan Times. O tribunal concluiu que Chisako não sofreu demência até seu último crime, em 2013, e só veio apresentar princípios da doença em 2016.

O processo da idosa corre desde 2014, quando foi acusada de matar sua primeira vítima – o marido. Segundo a imprensa local, as declarações da mulher na audiência não tinham coerência. Ao ser levada a prisão, ela afirmou ter tido dificuldade de lembrar os eventos após o confinamento. O julgamento foi analisado em 135 dias em uma parceria entre juízes da nação e um juri popular.

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