Amor materno é capaz de desenvolver cerébro de criança, diz pesquisa
O cérebro de crianças que possuem mãe amorosa e afetuosa pode crescer duas vezes mais que o das que não recebem atenção. Um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências Early Edition, no dia 25 de abril, revela que os filhos que receberam apoio e atenção materna antes de entrar na escola tiveram um maior crescimento no hipocampo, estrutura do cérebro associada à aprendizagem e à memória.
De acordo com a pesquisa realizada pelo psiquiatra infantil Joan Luby, da Universidade de Washington, as crianças menores de seis anos que não tiveram tanto companheirismo da mãe na infância, posteriormente não têm o mesmo crescimento do cérebro. Segundo o Telegraph, o autor do estudo comentou que é provável que o resultado tenha relação com as primeiras experiências de vida da criança. “Achamos que isso é devido à maior plasticidade no cérebro quando as crianças são mais jovens, o que significa que o órgão é afetado por experiências que acontecem muito cedo na vida. Isso sugere que é vital as crianças receberem apoio e carinho durante esses primeiros anos”, disse Luby.
Os pesquisadores acompanharam 127 crianças e observaram de perto o comportamento das mães com seus filhos. Em uma das interações, as mães precisaram cumprir uma atividade e, ao mesmo tempo, impedir que o filho abrisse um presente – oferecido de forma atraente. A intenção dos especialistas era que a situação fosse semelhante a uma cena do cotidiano entre mães e filhos, no qual a mulher precisa dividir a atenção entre suas atividades e o filho. No final, aqueles que conseguem cumprir com suas funções, distribuindo atenção para ambos, são considerados pais com mais apoio e carinho.
O autor acredita que esse resultado pode servir como um incentivo para o comportamento dos futuros pais. “Sabemos também que dar apoio aos pais pode ter um impacto positivo sobre outros resultados comportamentais e adaptativos em crianças. Portanto, temos uma razão muito lógica para incentivar políticas que ajudam os pais se tornam mais favoráveis.”