Novembro foi mais quente da história. Na UFPE, lago seca e cágados precisaram ser resgatados

Nada/Divulgação

O mês de novembro foi o mais quente desde que foram sistematizadas as medições de temperaturas no planeta. A informação foi divulgada pela Nasa, que revela o Nordeste do Brasil, incluindo todo o estado de Pernambuco, no “bolsão” de calor que contribuiu para o recorde. A temperatura média global foi 1,05 graus Celsius superior à média registrada no mês entre as décadas de 1950 e 1980. Este é o segundo mês seguido a registrar tal marca.

João Guilherme/@guijoao/Twitter

No Recife, um dos sinais de que o problema global é, também, local pode ser representado pela imagem da lagoa da Universidade Federal de Pernambuco, no bairro da Cidade Universitária, icônico entre os universitários. O chamado laguinho vinha secado há dias a ponto da diretoria de gestão ambiental (DGA) da Superintendência de Infraestrutura da universidade resgatar um total de 20 cágados que viviam no corpo d’água. De acordo com a unidade de ensino, o motivo do esvaziamento foram os baixos níveis dos lençóis freáticos. Os animais foram levados para o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e transferidos para o Canal do Cavouco, próximo ao Centro de Convenções.

O chão rachado de um lago que não mais existe #laguinhodaUFPE #UFPE #photooftheday #water #recife #pernambuco #nordeste #brasil

Uma foto publicada por Claudeilton Santana (@claus_santana) em

Em acordo recente em Paris, 196 países buscaram limites para o aquecimento do planeta, traçando como meta um valor de apenas dois graus acima dos níveis pré-industriais e a busca por um aumento de temperatura máximo de 1,5 grau. A sequência de meses já coloca o ano de 2015 como o mais quente da história, mas ainda não se sabe em quanto será estabelecido o recorde nada favorável. Parte da explicação está no fenômeno El Níño cuja força fez variar até em 4°C a temperatura em algumas regiões do globo, como confirma a Agência Meteorológica do Japão.