15 mil cientistas assinam alerta de catástrofe natural iminente na Terra
Mais de 15 mil cientistas de 184 países diferentes assinaram uma carta destinada à humanidade com intenção de alertar sobre o destino “irremediavelmente mutilado” da Terra. A mensagem funciona como a atualização da “Alerta à humanidade”, carta escrita há 25 anos, na época, assinada por 1,7 mil especialistas. De todos os problemas alertados na primeira publicação, ainda no século 20, apenas a situação do buraco na camada de ozônio foi reduzida. Ela estava dentro de um dos cinco principais tópicos apresentados no primeiro estudo. Cada um desses tópicos continha dezenas de problemáticas a serem resolvidas.
Entre os principais elementos que não melhoraram e foram apontados na publicação atual estão a diminuição de água potável por pessoa (caiu em 26%); o aumento do número de “áreas mortas” por poluição no oceano (de 75%); desmatamento de mais de 120 milhões de hectare de floresta; aumento na emissão de carbono (assim como da temperatura do planeta); crescimento da população mundial em 35% e decrescimento do número de mamíferos, répteis, anfíbios, pássaros e peixes em 29%.
“Daqui há pouco tempo vai ser tarde demais para se distanciar da nossa trajetória de queda. O tempo está acabando”, afirma a publicação. Segundo a opinião dos especialistas, cientistas, pessoas influentes da mídia e cidadãos comuns não estão fazendo suficiente para lutar contra os problemas avassaladores. “A humanidade está recebendo agora um segundo aviso. Nós estamos prejudicando nosso futuro com o consumo desenfreado de materiais e com o crescimento populacional sendo protagonista de muitas ameaças ecológicas e até mesmo sociais”, afirma a nova publicação. Entre as assinaturas do documento estão Organizações Não Governamentais, professores universitários, vencedores de prêmios nobel e outros pesquisadores. “Todos esses que assinaram não estão levantando um falso alarme. Eles estão reconhecendo os sinais óbvios de que estamos em um caminho insustentável”, afirmou o professor-líder do artigo, William Ripple, em entrevista ao jornal britânico The Independent.
Os cinco principais pontos (não atingidos) do alerta de 1992:
1 – Controlar danos causados à natureza para restaurar e proteger a integridade do sistema da Terra, do qual dependemos.
2 – Administrar recursos que são cruciais para o bem estar humano de forma mais efetiva.
3 – Estabilizar a população, algo que só será possível se todas as nações reconhecerem que isso requer melhorias das condições sociais e econômicas, com a adoção de um planejamento familiar voluntário.
4 – Reduzir e, eventualmente, eliminar a pobreza.
5 – Atingir a igualdade sexual, garantindo às mulheres o controle sobre as decisões reprodutivas delas.