Exercício na gestação reduz em 10% o risco de cesárea
Algumas pessoas pensam que a prática de exercício durante a gravidez pode prejudicar o bebê por conta do esforço feito pela mãe, porém, um estudo realizado pela Queen Mary University de Londres, mostra que se exercitar é uma prática segura tanto para a gestante quanto para o bebê e diminui em 10% as chances de ser necessário recorrer a um parto cesáreo. Exercícios suaves como aeróbica, caminhada ou bicicleta, quando combinados com uma dieta saudável, ajudam a estimular o parto normal. É o que indica a pesquisa feita com 12,5 mil mulheres de 16 países. Embora seja um tipo de parto comumente desejado pelas mulheres brasileiras, a cesariana traz riscos como infecções, sangramento excessivo, potenciais danos aos órgãos e riscos de complicações. As informações são do Daily Mail.
47% das mulheres ganham muito peso durante os nove meses da gravidez, por achar que podem “comer por dois” e esse é um dos comportamentos que aumentam as chances de uma cesárea. Porém, aquelas que equilibram uma dieta balanceada e a prática de algum exercício físico, não têm esse ganho de peso excessivo. Além de diminuir em 10% as chances de precisarem de uma cesariana, essas mulheres também são 24% menos propensas a desenvolver diabetes gestacional. Médicos aconselham a diminuição de bebidas açucaradas como refrigerantes, lácteos com alto teor de gordura e o aumento da frequência de ingestão de frutas e legumes.
Para aquelas mamães que são sedentárias ou não têm muito hábito de praticar exercícios, o ideal é que se comece devagar. O corpo de uma grávida produz 40% a mais de sangue, além do ganho natural de peso. Segundo o obstetra chefe da Unidade de Saúde da Mulher do Hospital das Clínicas, Elias Melo, os benefícios do exercício antes, durante e depois da gravidez são muitos. “Ao contrário do que as pessoas pensam, deve-se criar o hábito de praticar qualquer tipo de exercício. Com as atividades há o aumento de produção de oxigênio, que é maravilhoso para o bebê, além de melhorar a pressão, circulação e diminuir as chances de trombose”, explica Elias.
Para as grávidas que já são acostumadas com a atividade física, assim como a musculação, o único recado é para entender a forma como o corpo trabalha e os limites da gravidez. “A única coisa que as mamães precisam ficar alertas é que elas têm que conhecer o próprio corpo. Com a gravidez, o corpo vai funcionar um pouco mais lentamente e com algumas limitações. Apenas um grupo muito restrito de pessoas, que possuem doenças cardíacas graves, não podem praticar exercícios de maneira alguma. Porém, pessoas jovens, antes dos 40 anos, raramente se encontram nessa situação”, comenta o obstetra.