Falar com animais e objetos é sinal de inteligência social, diz estudo

@chr_black/Twitter

O costume de conversar com animais e objetos não é sinal de insanidade e está cientificamente ligado a inteligência social. De acordo com o pesquisador da Universidade de Chicago, Nicholas Epley, não há nada de errado em antropomorfizar objetos, animais ou até plantas, ou seja, ao reconhecer rostos e dar nomes a eles.

“Historicamente, antropomorfização tem sido tratada como um sinal de infantilidade ou de estupidez, mas, na verdade, isso é um produto natural da tendência que faz os humanos unicamente inteligentes no planeta. Nenhuma outra espécie tem isso”, explicou o professor de ciência comportamental da Universidade de Chicago Nicholas Epley ao jornal britânico Daily Mail.

Um dos sinais mais comuns de antropomorfização é dar nomes a objetos; isso acontece porque, além da habilidade de enxergar rostos em tudo, humanos atribuem mentes pensantes a coisas que gostam e tendem a associar o imprevisível como uma característica humana, de acordo com o jornal britânico Daily Mail.

@chr_black/Twitter

Para tentar separar rostos amigos de predadores, humanos, instintivamente, procuram por indicadores no rosto dos outros. Esse instinto é tão forte que se torna normal perceber rostos em coisas, tanto que uma conta no Twitter se dedica a postar fotos de objetos que tem uma cara e já tem mais de 560 mil seguidores. “Como membro de uma das espécies mais sociais do planeta, você é hipersensível aos olhos porque eles oferecem uma janela para a mente de outra pessoa”, explicou o professor.

Apesar de estudos ainda não terem feito um link claro entre antropomorfização e inteligência social, o professor diz que a associação é muito forte, pois quanto mais humanos entendem outras mentes, mais eles conseguem interpretar intenções, o que os faz mais socialmente inteligente.

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