Bocejar por mais tempo indica cérebro maior, afirma estudo
Um estudo da State University of New York at Oneonta, nos Estados Unidos, sugere que existe uma correlação entre a duração dos bocejos e o tamanho do cérebro de diversas espécies. Mas, para que serve o bocejo? Uma das teorias mais aceitas diz que ele ajuda a resfriar o cérebro: abrir a mandíbula e inalar ar ajuda a fisicamente abaixar a temperatura da cabeça. O processo acontece através do sangue, já que bocejar aumenta a circulação no cérebro e substitui o sangue quente da cabeça por um mais frio que vem diretamente do coração. Outra teoria prega que o comportamento serve para tirar o cérebro do estado de distração para o de atenção total.
A pesquisa observou o tamanho da massa cinzenta de 19 mamíferos diferentes. Quem passava mais tempo de boca aberta também tinha um cérebro proporcionalmente maior. No total, foram analisados 205 bocejos de 177 animais, sendo 24 espécies diferentes. Nessa competição, os humanos saíram ganhando: cientistas registraram a média dos bocejos humanos em 6,5 segundos, mais longa do que qualquer outra espécie. Depois dos seres humanos, os maiores bocejadores foram os elefantes africanos, os chimpanzés, os camelos e os elefantes marinhos – uma ordem que acompanha também os tamanhos relativos dos cérebros.
Outra constatação dos cientistas é que o tamanho da mandíbula não tem nenhuma relação com a duração do bocejo. “Nossa hipótese é que a variação dos bocejos entre as espécies ajuda a prever diferenças neurológicas importantes”, escreveram os autores do estudo, Andrew Gallup, Allyson Church e Anthony Pelegrino.