Saída de britânicos da UE revive “independência de SP”
“A Grã-Bretanha saiu da UE e agora é a vez de São Paulo!”. O recado do movimento São Paulo Livre ecoou logo após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. A ideia do grupo é promover, no dia 2 de outubro de 2016, um plebiscito consultivo junto à população paulista sobre a possibilidade de saída do estado da federação brasileira. Em 24h, a página do Facebook do movimento cresceu em número de curtidas e a imagem em alusão à causa excede os 8,5 mil compartilhamentos.
Pela internet e nas redes sociais, o grupo fala sobre a evasão de impostos recolhidos em São Paulo para a manutenção do governo federal, evidenciando como as receitas sairiam do estado em direção a Brasília. Apesar de ganhar repercussão recentemente, o movimento existe desde 2014 e sua página oficial, por diversas vezes, colocou em pauta a questão da separação do estado – inclusive durante os protestos contra o governo petista da presidente afastada Dilma Rousseff, com o lema “Ou Dilma Cai, ou São Paulo Sai”.
Constitucionalmente, não haveria crime em discutir a possibilidade de independência. Tentar obtê-la, no entanto, violaria a cláusula pétrea, irreversível mesmo por emenda constitucional, sobre o fato de que da União federal ser indissolúvel, podendo o governo intervir para que o pacto seja respeitado.