Em Pernambuco, temperaturas devem subir até janeiro
Você está achando o clima quente? Pois é melhor ir se acostumando. Pernambuco deve permanecer com variação positiva de temperatura entre os meses de novembro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com informações da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). Resta saber se algum município vai registrar temperatura superior ao recorde do ano, ocorrido em São José do Egito, no dia 27 de setembro: nada menos que 40,7° de temperatura. A APAC não faz previsão de temperatura a longo prazo, porém, a possibilidade de ocorrer algo semelhante é razoável. “As temperaturas tendem a ficar mais quentes até fevereiro. Neste ano, temos tido temperaturas altas, então não será surpresa se ocorrer alguma temperatura parecida. Só saberemos se será algo fora do normal quando compararmos com a média histórica do município”, explica Edvânia Santos, meteorologista da APAC.
Dados da agência apontam que o trimestre novembro-dezembro-janeiro é o período mais seco do estado, quando, no Sertão, por exemplo, são registradas as maiores temperaturas do estado. A umidade do ar fica na casa dos 20% na região. Edvânia afirma, que é justamente em horários de menor umidade relativa do ar que os picos de temperatura costumam ocorrer. “Normalmente, as temperaturas máximas ocorrem entre meio-dia e 15h, momento em que a umidade cai bastante”.
Maiores temperaturas de 2016 em Pernambuco
1º 40,7° São José do Egito/ SET
2º 39,5° Floresta/ JAN
3º 39,3° Águas Belas/ JAN
4º 39,1°Águas Belas/OUT
4° 39,1 Floresta/OUT
Horário de pico
As temperaturas máximas são, normalmente, registradas entre 12h e 15h. Nessa faixa de horário, a umidade relativa do ar é baixa, o que contribui para o aumento da temperatura
As altas temperaturas devem resultar em chuvas escassas no período. Historicamente, são esperados, em média, pouco menos de 45 milímetros de chuvas para a Região Metropolitana e Zona da Mata em cada um desses meses. No Agreste, as precipitações não costumam passar da casa dos 21 milímetros, enquanto no Sertão não chegam sequer a 10 milímetros por mês na média trimestral. Segundo o meteorologista Hailton Dias, no entanto, a previsão é de que as chuvas se mantenham dentro da média histórica esperada e acrescenta: “dezembro será o mês mais quente do trimestre”, afirma, ainda que as chuvas devam ser menos volumosas em novembro.
Dados da APAC mostram que o mês de setembro ficou bem abaixo da média histórica de chuvas em todas as regiões do estado. No Sertão, as precipitações ficaram 54% abaixo da média; no Agreste, 46%; na Zona da Mata, 44%. A Região Metropolitana foi a que apresentou o valor mais distante da média, com redução de 58%.