Usuários de Wi-Fi grátis aceitam serviço comunitário ao se cadastrarem

Pixabay/Reprodução

Mais de 22 mil pessoas se inscreveram para fazer serviço comunitário ao conectar-se a uma rede grátis de Wi-Fi sem ler os termos e condições de uso. As tarefas incluem desentupir bloqueios de esgoto, lavar banheiros químicos em festivais e eventos, limpar fezes de cachorros em parques, remover goma de mascar das ruas, abraçar gatos e cachorros abandonados e pintar as conchas de caracóis para “iluminar a existência deles”.

Apenas uma pessoa percebeu a cláusula de serviço nos termos e condições apesar de as novas regras estarem nos termos há semanas. A ideia não é que as pessoas realmente saiam catando fezes de animais pelas ruas, mas que elas tenham consciência do que estão concordando. A empresa por trás desses termos de uso é a Purple, que fica em Manchester, na Inglaterra.

“Não se preocupe, não vamos pedir que esses indivíduos coloquem luvas e reparem dívidas com a comunidade. Usuários de Wi-Fi precisam ler os termos ao se cadastrarem nessas redes. Com o que eles estão concordando? Quais dados eles estão compartilhando? Nosso experimento mostra que é muito fácil marcar uma caixinha e consentir com algo injusto”, explicou o CEO da Purple, Gavin Wheeldon, de acordo com o portal de notícias britânico Independent.

A primeira empresa a fazer esse experimento foi a empresa de cibersegurança F-Secure. Todas as vezes que as pessoas se conectavam à rede de Wi-Fi grátis deles em Londres, elas aceitavam o termo que exigia a entrega de seu filho primogênito como recompensa. “Apesar de termos e condições de uso serem legalmente vinculativos, vender crianças em troca de serviços grátis não seria exigível por uma corte de justiça”, contou a F-Secure.

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