Troca de bebês feita há 32 anos é confirmada por exame DNA
Uma troca de bebês no hospital foi confirmada após 32 anos por meio de um exame de DNA. Keila Martins Borges e Elisângela Vicente Maciel foram trocadas após o nascimento no Hospital Municipal de Quirinópolis, em Goiás. As informações são do portal de notícias G1.
O que ocorreu naquele 15 de maio de 1984 e como ocorreu a troca ainda não foi descoberto. Keila é filha biológica da dona de casa Percília Vicente, mas foi para casa com Maria Martins Pereira, que por sua vez, é a mãe biológica de Elisângela (levada para casa por Percília).
A troca jamais seria descoberta, porém, uma prima de Keila viu na igreja uma mulher extremamente parecida com ela. Elaine Maciel é filha de Percília e irmã biológica de Keila. Ao conhecer Eliane, mesmo antes da confirmação do DNA, Keila já decidiu encontrar a sua mãe biológica. “Eu já esperava. Desde o primeiro momento já achei que não precisava de exame. Ficou todo mundo assustado, deu um nó na nossa cabeça, mas fiquei feliz porque já gosto da minha nova família”, contou Keila, ressaltando que quer a presença das duas mães em sua vida.
Para Percília, existem um conflito de sentimentos. Ela afirma que está feliz por saber que tem mais uma filha, mas, ao mesmo tempo, triste de não ter vivido com ela. “Já sofri tanto com isso. Só quem passa por isso sabe como é a dor. Por que entre tantos bebês o meu tinha que ser trocado?”, afirmou. “Para mim não tem diferença. Jamais vou rejeitar”.
Maria, que é mãe biológica de Elisângela, mas criou Keila, já havia afirmado, também ao G1, que suspeitou da troca no dia do parto, após a sua mãe notar que o bebê que retornou do berçário tinha a pele mais escura que a que foi com a enfermeira. “Além disso, ela tava com uma roupinha diferente das duas que eu tinha levado para o hospital”, conta Maria, destacando que a bebê também estava sem pulseira. Apesar de tudo, ela acreditou na enfermeira, que dizia se tratar da mesma criança.
Como o Hospital Municipal de Quirinópolis não tem registro da equipe que trabalhou naquele dia (é obrigado a guardar por 20 anos), é pouco provável que se encontre o responsável pela troca.
Elisângela não se pronunciou sobre o caso.