Treinador sexual ganha a vida assistindo transa de casais

Pixabay/Reprodução

Kenneth Play visita a casa de casais, observa enquanto eles fazem sexo e então dá opinião de especialista sobre o que eles deveriam fazer ou parar de fazer. A intenção desse “treinador sexual” é maximizar o prazer e melhorar a vida sexual compartilhada pelo casal. Ele mora no Brooklyn, em Nova York, e lançou seu “laboratório privado” há dois anos, tendo atendido mais de 50 casais no mundo, chegando a viajar a países como Costa Rica, Itália e Peru.

Kenneth já fazia visitas a festas sexuais e sessões de swing e isso originou a ideia de promover treinamentos particulares. “Eu percebi que nem todo mundo fica confortável em um grupo, algumas pessoas querem algo discreto, privado e querem atenção individual. Eu fui personal trainer por quinze anos, eu já sei o que fazer em sessões individuais, mesmo essa envolvendo duas pessoas”, explicou ao jornal britânico The Independent.

O treinador espera tornar educação sexual tão acessível quanto pornografia, por isso ele está indo para a casa das pessoas. As sessões duram entre três e quatro horas no total, começando com uma conversa informal sobre a vida sexual do casal e sobre qualquer problema que eles tiveram no passado. Depois, o casal e Kenneth vão para o quarto. “Nós estruturamos o que vamos testar na primeira sessão. No primeiro momento, eu mostro e explico muita coisa. Eles tentam e praticam várias coisas enquanto eu instruo baseado na energia e na técnica”.

Após um pequeno intervalo para lanchar e dar um pequeno feedback, os três vão para a segunda parte, na qual o casal já se sente menos pressionado. Ao terminar, há mais 30 minutos de conversa. Essas sessões custam cerca de US$ 1 mil (aproximadamente R$ 3,1 mil) e alguns clientes chegam até Kenneth por indicação de terapeutas. “Muitas vezes, pessoas que estão juntas há muito tempo caem em um padrão e por isso passam a transar menos. Elas tentam resolver os problemas com um terapeuta, mas isso pode não influenciar dentro do quarto. Eu tenho o luxo de trabalhar com os terapeutas e me torno o tradutor na hora da relação”, explicou.

Com tanta experiência e casos para contar, ele percebeu que um dos maiores problemas dos casais é a falta de comunicação. “A maioria dos casais não sabe como se comunicar, eles não sabem que língua usar, não têm as habilidades comunicativas para se expressar. É um desafio maior para eles tentarem coisas novas. Minha especialidade preenche essas lacunas.”

Mesmo assim, Kenneth faz questão de destacar que as pessoas são diferentes quando a questão é o que elas podem e gostam de fazer nas suas vidas sexuais e que não tem medo de dizer o que precisa ser dito, pois, para ele, mudar hábitos ruins é parte do trabalho. “Eu sempre digo aos casais que nós somos responsáveis pelo nosso próprio prazer; esperar que o parceiro assuma essa responsabilidade estraga tudo.”

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