Novo estudo aponta para possibilidade de extinção da vida na Terra
Muitos estudos já alertaram sobre os impactos das mudanças climáticas para o futuro do planeta. O mais recente, publicado pela revista Climatic Change, lançou previsões de cientistas na véspera da comemoração da Hora do Planeta, ação anual que integra a luta contra o aquecimento global, para reforçar o aviso. A pesquisa aponta que espécies de animais e plantas, presentes em áreas naturais importantes do mundo, podem estar em risco e ameaçam a extinção global na Terra devido ao aumento da temperatura do planeta em 2º C.
A elevação de graus célsius, que parece pouca, poderia ter sérias consequências se aumentasse em mais um ponto, passando para 3ºC: mais da metade de todas as espécies vegetais desapareceriam, como bosques em países de clima quente. Nesse ritmo, em poucas décadas países como os da América do Sul, Austrália e os que ocupam o sudoeste asiático perderiam completamente os recursos florestais.
Se as condições catastróficas fossem concretizadas, em 2100, habitats naturais desapareceriam, afetando a maior parte das espécies do planeta, desde insetos até mamíferos e anfíbios. A Amazônia e a Ilha de Gálapagos poderiam enfrentar extinção total. Ainda que acordos climáticos sejam estabelecidos, estas regiões poderão perder 25% da diversidade biológica, conforme aponta o jornal espanhol RT.
A única solução para salvar o planeta da extinção é limitar a emissão de substâncias prejudiciais à atmosfera, de acordo com climatologistas da Universidade de East Anglia, do Reino Unido, e da Universidade James Cook, da Austrália, juntamente com a organização WWF. A fiscalização para que o surgimento de indústrias descontroladas seja evitado também seria uma chave para evitar que a vida na Terra, como conhecemos, não deixasse de existir.
Além desses pontos, o estudo examinou vários cenários futuros, utilizando como baliza diferentes variações de temperatura média global. Foram hipotetizados, dentro desses parâmetros aumentos a partir de 2º C – grau máximo previsto pelo Acordo de Paris, tratado das Nações Unidas sobre a mudança do clima -, até 4,5º C, no qual a vida na Terra seria insustentável.