Mulher trans congela esperma para poder ter filho biológico no futuro
A transexual Lea Membrey, de 20 anos, tomou uma decisão muito importante antes de completar a transição para o sexo biológico: pensando em ter filhos no futuro, ela congelou o seu esperma antes de começar a ingerir hormônios femininos. O processo de transição foi iniciado em 2015 e desde então Lea já gastou mais de £ 5 mil (equivalente a pouco mais de R$ 20 mil), em seu novo corpo, submetendo-se a implantes de seios, injeções de Botox e depilação a laser. Lea comentou que ainda é cedo para ter filhos, mas que não abre mão desse desejo para o futuro. “Embora eu não queira crianças em breve, eu quero que elas sejam naturalmente minhas. Eu acho incrível saber que ainda posso ter um bebê que é metade do meu DNA”, explicou em entrevista ao jornal britânico The Mirror.
Lea lembrou experiências do passado, revelando ter sido muito intimidada na escola por ser “gay” e contando que percebeu que não pertencia ao próprio sexo biológico após conhecer uma mulher trans durante uma festa. “Eu costumava dizer às pessoas que eu era gay porque era óbvio que eu era diferente de outros meninos na escola. Em uma festa, porém, eu simplesmente fiquei impressionada quando uma menina deslumbrante me disse que ela já tinha sido do sexo masculino. Foi ali que eu pensei ‘oh meu deus. Isso é o que eu deveria ser. Isso é o que eu quero'”, declarou ela.
Embora estivesse encantada pela possibilidade de se tornar mulher, Lea explicou que não foi uma escolha fácil e rápida. “Certamente, não foi uma decisão instantânea. Muitos pensamentos continuaram correndo pela minha mente como ‘eu sou feminina o suficiente?’ ou ‘eu sou realmente trans?’ desabafou. Até que em determinado momento pensou “é agora ou nunca” e imergiu na “nova identidade” definitivamente. Ela ainda tem pretensões de fazer mais cirurgias para readaptar o corpo, principalmente a tão famosa operação de mudança de sexo, mas essa ainda não é a maior prioridade. “O que é mais importante para mim é ser capaz de sair hoje e de todo o coração ser visto como uma mulher”, concluiu.