Mattel aposta em Barbies cheia de curvas, alta ou baixinha para gerar identificação do público
Quase todas as meninas sonharam em ter, pelo menos, uma Barbie pra chamar de sua. E mais ainda, muitas delas já quiseram ser a boneca. Loira, olhos claros, cabelo liso e magra, existia a empresária, a dentista, a professora, a surfista, a princesa e dezenas de outras “profissões”. Era quase impossível montar a casa inteira da Barbie pela quantidade de objetos que eram lançados. Além disso, ela tinha o Ken como namorado, um boneco que não era loiro, mas também era branco, olhos claros, cabelo liso e magro. Entretanto, o padrão de beleza da Barbie sempre foi questionado. Quase 57 anos depois, a Mattel, empresa responsável pela boneca, está lançando uma nova coleção – a maior repaginada da marca desde 1959. Como parte da ampliação da linha “Fashionistas”, agora chegam ao mercado as versões alta (Tall), mais baixinha (Petite) e a encorpada e cheia de curvas (Curvy).
A aposta da fabricante é gerar identificação e atingir os gostos mais diversos, já que as bonecas possuem três novas versões de corpo, dezenas de cabelos com formatos e cores diferentes, além de diversas cores de pele e de olhos. De acordo com reportagem exclusiva da TIME, as vendas da Barbie caíram 20% entre 2012 e 2013 e permaneceram em queda em 2015.
A maior conconcorrente da boneca tem sido a Rainha Elsa, do desenho Frozen. A empresa diz que apesar da boneca também ser loira e de olhos claros, por trás tem uma história de sofrimento que atrai as pessoas.
A empresa demorou meses para escolher os termos que acompanham cada versão da boneca. Eles precisaram pensar na tradução em diversos idiomas para evitar constrangimentos.
Além disso, a Mattel criou uma empresa somente para atender as possíveis reclamações das mães. As vendas das bonecas estão previstas para serem vendidas a partir de março no Brasil.