Inteligência Artificial consegue identificar Alzheimer antes de médicos

Wikimedia/Reprodução

Pesquisadores desenvolveram uma inteligência artificial capaz de detectar Mal de Alzheimer em pacientes 10 anos antes do que é tradicionalmente feito pelos médicos, a partir da análise dos sintomas. Utilizando máquinas de ressonância magnética, o computador conseguiu identificar sinais da doença com 84% de precisão, a partir da mudança na forma como áreas do cérebro são conectadas.

“Hoje em dia, a análise do líquido cefalorraquidiano e da imagem do cérebro utilizando buscadores radioativos podem nos dizer a extensão da cobertura de placas e nós somos capazes de prever com determinada precisão quem tem maior risco de desenvolver a doença em dez anos”, explicou a cientista Mariana La Rocca, de acordo com o portal de notícias britânico Daily Mail. No entanto, esses métodos são muito invasivos, caros e disponíveis apenas em centros altamente especializados na área.

A inteligência artificial criada é o completo oposto de tudo isso e o algoritmo utilizado interpreta de forma eficaz quais mudanças no cérebro podem ser ligadas à presença do Alzheimer. Foram necessários 67 exames de máquinas de ressonância magnéticas, 38 de pessoas que já eram diagnosticadas e 29 de pacientes saudáveis, para ensinar ao sistema como diferenciar resultados saudáveis daqueles com risco.

Os cientistas então dividiram os exames em pequenas regiões para analisar a conexão entre elas, sem presumir nada sobre os diagnósticos. Para essa fase, foram necessários 148 participantes na pesquisa, dos quais 52 eram saudáveis, 48 tinham Alzheimer e 48 tinham problemas cognitivos leves, mas que futuramente iriam desenvolver a doença. O resultado da diferença entre um cérebro saudável e um doente teve 86% de precisão, enquanto a comparação daqueles com problema cognitivo e a doença teve sucesso de 84%. A versatilidade desse método de estudo possibilita que os pesquisadores também trabalhem, futuramente, com o diagnóstico de pessoas com Parkinson.

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