Gatos gostam mais de gente do que de comida, afirma estudo
Quem cria gatos sabe que a suposta falta de sociabilidade e o egoísmo dos bichanos é pura e simples implicância. Sabe, inclusive, que alguns chegam a ser mais amorosos (e grudentos) que muitos cãezinhos por aí – sim, estamos falando por experiência própria. E agora, os amantes de gatos tem uma base científica pra comprovar seu argumento: pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA, chegaram à conclusão de que gatos gostam mais de gente até do que de comida.
O experimento, que conduzido pela equipe do laboratório de Interações entre Humanos e Animais da instituição, foi realizado com grupos de gatos entre 1 e 20 anos. Ao todo, participaram 38 bichinhos: metade criada como mascotes e a outra provenientes de abrigos. Antes da realização dos testes, todos foram privados de comida e de qualquer interação durante duas horas e meia.
Depois disso, eles receberam diferentes estímulos em sessões separadas: na primeira, eram chamados por uma pessoa, para brincar e serem acariciados; na segunda, lhes eram oferecidos comida, um brinquedo e roupas com cheiro de erva-de-gato. Os cientistas observaram quanto tempo os gatos dedicavam a cada atividade e, numa outra sessão, deixavam que o bichano escolhesse livremente entre as quatro opções, colocadas em locais separados.
Os resultados foram os seguintes – sem diferenças significativas entre o comportamento dos gatos criados em casas e aqueles criados em abrigos: um gato foi direto para as roupas. Quatro preferiram o brinquedo. Catorze foram atraídos pela comida. E os outros 19 – ou seja, 50% deles – preferiu o contato humano imediato. Ou seja, gato gosta de gente, sim. De acordo com as conclusões da pesquisa, as pessoas é que não sabem estimulá-los de maneira adequada.
Assim, uma das aplicações para pesquisas como essas é justamente descobrir como aprimorar as interações com os animais e até mesmo treiná-los de modo mais eficiente. Mas em um trecho do estudo, destacado pela Live Science, os cientistas ressaltam que “mesmo quando os gatos demonstraram preferências similares pela afeição humana com relação a outras atividades, os animais ainda assim demonstraram uma variada gama de comportamentos individuais. Isso sugere que fatores como experiências de vida e predisposições biológicas podem influenciar as interações sociais dos gatos”.