Mãe de menino autista se defende após vídeo dela arrastando filho viralizar

Joe Cain/Reprodução

A imagem de uma mulher arrastando uma criança pelas calçadas de Liverpool, na Inglaterra, viralizou nas redes sociais.  Com uma corda, ela “carregava” o filho caminhando com naturalidade. Uma testemunha filmou a ação e publicou nas redes sociais, o que revoltou uma série de pessoas, que não hesitaram em taxá-la como cruel. Eles não sabiam, porém, que tratava-se da mãe de um menino autista de 4 anos que alegou que, como a criança estava no meio de uma crise, aquela era a única forma de fazer com que ele se movimentasse.

Defendendo-se, a mulher de 31 anos, que não quis ser identificada, explicou as dificuldades que tem para conseguir fazer os seus alfazares trazendo o o garoto consigo. “Meu filho tem autismo. Quando ele entra colapso, se joga no chão. O que eu estou fazendo nesse vídeo é a única maneira de movê-lo. Ele faz isso o tempo todo e nunca se levanta nem me deixa buscá-lo”, declarou ela em entrevista ao DailyMail.

Depois de tomar conhecimento dos comentários feitos nas Redes Sociais sobre o seu comportamento, a mãe solteira frisou que não é “ruim” e assegurou o nível severo de altismo do menino. “Eu não sou uma mãe má. As pessoas deveriam saber dos meus desafios antes de me julgarem. Apenas duas mulheres vieram até mim e eu disse ‘ele tem autismo severo’. Eu teria dito isso a qualquer um que me questionasse, mas a maioria preferiu julgar”, acrescentou ela.

Em depoimento ao Echo, Joe, a testemunha responsável pelo vídeo explicou que decidiu registrar aquilo por achar extremamente estranha a maneira natural com o qual a mulher estava lidando com a “inércia” da criança. “Para ser sincera, o garoto parecia estar bem, mas aquilo parecia ser horrível. A mãe continuou arrastando a criança por um tempo. Ninguém sabia o que dizer ou fazer”, contou.

Trazendo à tona como começou o colapso do menino, a mulher explicou que ele reage mal diante de multidões e, por vezes, chega a agredi-la. Ele não gosta de grandes multidões e sempre que eu o demoro, ele poderia começar. Ele me atacou antes e me derrubou, mas ele não sabe que ele está me machucando. Meu filho não é uma criança travessa, ele apenas tem autismo, mas é muito amoroso. As pessoas não entendem o quão difícil é ter uma criança autista, especialmente quando são tão fortes”, concluiu.

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