Cor “mais escura do mundo” é criada em laboratório e impressiona público
O preto mais intenso do mundo tem apenas três anos de criação e é tão surpreendente que já registra movimentação notável no mercado. De autoria da empresa britânica Surrey NanoSystem e batizada como “ventablack”, o projeto não é exatamente uma cor, e sim a um material que absorve 99,96% da luz que toca sua superfície. “Quando você não vê nenhuma luz refletida o seu cérebro pinta aquele espaço de preto”, explicou o sócio da empresa, Ben Jensen, em entrevista ao jornal norte-americano CNN. O material é constituído de nanotubos de carbono e vai ser utilizado na pintura do Parque Olímpico de Inverno da Coréia do Sul. A tinta, que será mostrada ao mundo no ano de 2018, deve pintar quatro paredes circulares do parque, dando uma ideia de infinitude ao público.
Alguns especialistas chegaram a alegar que o tom de preto é o mais próximo de um buraco negro que olhos humanos conseguem enxergar. Objetos pintados na cor chegam a perder os traços de 3D quando vistos de perto. O efeito “impressionante” chamou tanta atenção que em fez em pouco tempo o nome da Nanosystem girar o mundo. “Hoje em dia recebemos avalanches de pedidos, desde superestrelas querendo cobrir guitarras até outras pessoas querendo cobrir carros”, explicou Jensen. Até o momento, o material foi utilizado para fazer o “fundo” de um relógio suíço com preço estimado de US$ 95 mil (equivalente a R$ 310 mil) e para cobrir as partes internas de um telescópio, fazendo com que ele não refletisse a luz do sol ou as luzes da cidade.