Consumo de “besteiras” está ligado à genética

Pexels/Reprodução

De acordo com pesquisadores, não conseguir resistir a doces, frituras e gorduras ocorre por causa do DNA. Eles descobriram um grupo de variantes genéticos que afetam a forma como o cérebro reage a junk food –  comida que não é saudável, “besteira” – e faz com que a pessoa queira comer cada vez mais.

“A maioria das pessoas tem dificuldade de modificar seus hábitos dietéticos e não consegue funcionar bem com metas e planos de dieta. Nosso estudo é o primeiro a descrever como os genes do cérebro afetam o consumo de comida e preferências de dietas em um grupo de pessoas saudáveis”, explicou Silvia Berciano, da Universidade Autonoma de Madrid, ao portal de notícias britânico Daily Mail.

Uma pesquisa anterior havia identificado os genes envolvidos com comportamentos vistos em distúrbios alimentares como anorexia e bulimia. No entanto, pouco se sabe sobre como a variação natural desses genes afetam os hábitos alimentares de pessoas saudáveis. Essa variação acontece a partir de diferenças sutis no DNA, que faz com que cada pessoa seja única.

Para esse estudo, cientistas analisaram a genética de 818 homens e mulheres para juntar informações sobre a dieta deles usando um questionário. Eles descobriram que genética é importante na preferência dietética das pessoas. Por exemplo, um consumo maior de chocolate e uma cintura mais larga foi associada ao gene receptor de oxitocina. Um gene com tendência a obesidade também faz a diferença quanto ao consumo de vegetais e fibra.

Os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode ser usada para fazer dietas específicas para certas pessoas e, assim, diminuir o risco de diabetes, problemas no coração e câncer. Eles ainda pretendem fazer investigações similares em outros grupos de pessoas com características diferentes e de outros grupos étnicos.

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