Brasil precisa de 95 anos para atingir igualdade entre gêneros
Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que o Brasil precisará de 95 anos para que as mulheres alcancem um patamar de igualdade em relação aos homens, em especial nos campos políticos e econômicos. O país ocupou o 79º lugar no Índice Global de Desigualdade de Gênero 2016, que analisa a diferença nas oportunidades oferecidas a homens e mulheres em 144 países. O Brasil subiu seis posições em relação a 2015, apesar de ter obtido um crescimento mínimo: 0.687, contra 0.686. O primeiro lugar foi ocupado pela Islândia, que também não obteve a pontuação máxima (1), com um total de 0.874 pontos.
O relatório aponta também que as mulheres brasileiras possuem um desempenho melhor que os homens em se tratando de saúde e educação, mas que estão em desvantagem em representatividade política e paridade econômica. Levando em conta a média de diferenças de gênero em cada região do mundo, apenas a Europa Ocidental e a América do Norte conseguem manter seus níveis de desigualdade abaixo de 30%. A América Latina e o Caribe mantêm as lacunas a 30%.
Entre as grandes economias do continente latino-americano, o Brasil obteve um dos piores resultados: a Argentina ficou em 33º lugar, o México em 66º e o Chile em 70º. O Uruguai, no entanto, ficou bem atrás, na 91ª posição. A Nicarágua foi a única nação da América Latina a conseguir uma classificação, ficando em 10º.