Ataques de tubarão batem recordes no mundo em 2015

No mundo inteiro foram registrados 98 ataques de tubarões em 2015, 36% a mais que o ano de 2014, de acordo com o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão (ISAF). Desses 98, foram registrados 59 somente nos EUA. O único ataque no Brasil aconteceu em Pernambuco, na ilha de Fernando de Noronha em dezembro de 2015.

Trata-se de um recorde dos números de ataques. De acordo com a ISAF, desde 2000, não havia tantos ataques desse animal, quando foram contabilizados 88 ataques. São considerados somente os ataques não-provocados, no qual o ser humano não mexeu no tubarão ou tentou tocá-lo, a exemplo de mergulhadores mordidos, pessoas vítimas de afogamento, ataque a barcos, entre outros.

Os países com maiores números de ataques foram os EUA (59), Austrália (18) e África do Sul (8). No total, seis pessoas morreram, duas delas na Ilha da Reunião, região da França, e outras no Havaí, Austrália, Egito e Nova Caledônia, na Melanésia (Oceania). Segundo os pesquisadores os principais alvos foram surfistas (49%), em segundo, os nadadores (42%), e por último praticantes de snorkel (9%). Eles acreditam que os surfistas são mais propícios a sofrer ataques por passar mais tempo na água e em locais mais próximos ao habitat dos tubarões. Já os mergulhadores, não sofreram nenhum tipo de ataque.

Em relação às causas dos ataques, eles dizem que as condições meteorológicas e socioeconômicas são algumas das principais influências. Isso porque há tanto a questão do tempo quanto o fato de mais pessoas terem acesso ao mar e frequentarem as praias. Por isso, os pesquisadores acreditam que o número de ataques pode permanecer igual ou mesmo aumentar, caso o número de tubarões permaneça o mesmo.

O Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão (ISAF) foi fundada em 1958 e faz parte do Museu da Flórida da História Natural da Universidade da Florida e é o banco de dados mais antigo em referência aos ataques de tubarões. Segundo eles, os dados são apresentados à ISAF sendo rastreados, codificados e informatizados, por meio de documentação impressa, além de relatórios médicos, com participação de pesquisadores biológicos e médicos na investigação dos estudos.

Leo/Arquivo Pessoal